Viajamos pelo Irã num carro alugado, de forma totalmente independente, de Shiraz até Teerã, passando por Persépolis, Yazd, Esfahan e muitos outros lugares no caminho. 

Neste post, contei todos os detalhes de como alugar um carro no Irã, os custos, a gasolina baratíssima, como são as estradas, a sinalização de trânsito, o uso de GPS pelo Google Maps do celular, os pedágios, estacionamentos, os radares, a polícia, etc. Enfim, tudo o que você precisa saber para viajar de carro pelo país.

Sempre que decidimos viajar por qualquer país, a nossa 1ª opção é alugar um meio de transporte próprio, seja carro ou motorhome. Quem nos acompanha sabe que gostamos de viajar de forma totalmente independente e flexível. 
No Irã, essa alternativa é bemmmm incomum. 
Então, neste post, vou contar a vocês como foi viajar pelo Irã de carro alugado, opção que a gente recomenda muito para viajantes independentes!
Quem topa uma roadtrip de carro alugado pela terra dos aiatolás? Insh’Allah vai dar tudo certo!

assim que cogitamos alugar um carro para viajar pelo Irã, o Peg resgatou o nosso velho GPS Garmin

Vou-me embora pra Pasárgada!  Quem aí lembra das aulas de literatura? Irã não é só história, mas também literatura 😅

Opções de viagem pelo Irã

1. Metade das pessoas que conhecemos que viajaram pelo Irã foram em grupos organizados, tipo excursão, ou com pacotes organizados por agências, em que você contrata o esquema completo de carro + motorista + guia + hotéis + refeições + vistos, etc.
Esse foi o caso da minha amiga Gisele @bibianagis e também o caso do Lucas @insta.do.lucas, que foram super legais e me mandaram os roteiros completos deles, com direito aos valores cobrados pelas agências e tudo mais!

Vou compartilhar aqui abaixo com vocês:

Achei essa uma opção bem prática – pois eu realmente acreditava que viajar pelo Irã por conta própria pudesse ser um pouco complicado, como todo mundo pinta, em razão da impossibilidade de usar cartão de crédito, das dificuldades iníciais para reservar hotéis, pois eles não têm hotéis disponíveis no Booking, etc. 
Mas…achei os orçamentos beeem caros (pros nossos padrões heheheh) e sei que, logo nos primeiros dias, íamos já estar querendo enforcar o guia e o motorista e deixá-los pendurados numa árvore. Pois é, somos desses kkkkk…caso você ainda não saiba, a gente não curte muito viajar acompanhados de guias e motoristas em geral. Gosto é gosto. 
2. Também cogitei a opção de comprarmos apenas o combo motorista + carro, e faríamos o resto (passeios, hotéis, refeições) de forma independente. Peguei um orçamento que achei bem mais razoável e vou compartilhar aqui abaixo com vocês:

Mas…mesmo com um valor melhor, continuaríamos com o problema do que fazer com o motorista hahaha…ficávamos pensando onde colocaríamos o homem para dormir à noite, onde ele comeria quando parássemos em restaurantes no caminho, se teríamos que pagar hospedagem e refeições para ele – não queríamos ter a preocupação de saber que a pessoa ia ficar mal acomodada ou mal alimentada, quiçá dormindo e comendo no próprio carro. 
3. A outra metade das pessoas que foram para o Irã, viajaram por lá de transporte público, especialmente de ônibus – e todos dizem que essa forma de viajar pelo país é excelente, que os ônibus são muito bons e baratos, com direito a lanchinhos e tal, e as viagens bem tranquilas. 
Mas…não era assim que queríamos viajar pelo Irã. Queríamos poder parar onde a gente bem entendesse, especialmente em pequenos vilarejos aonde os transportes públicos simplesmente não chegam ou são muito infrequentes. Não queríamos ter que ficar correndo atrás de comprar passagens, depender de horários pre-fixados…enfim, queríamos flexibilidade total no nosso roteiro e nos nossos horários. 

4. Também resolvemos experimentar uma outra possibilidade: viajar de táxi!   
Contratamos um taxista para fazer uma daytrip nos arredores de Shiraz, até Qalaat e o Pink Lake, e foi uma ótima alternativa, num dia em que ainda não havíamos pegado o nosso carro alugado – pois só pegamos o carro no dia em que saímos de Shiraz. 
Explico: queríamos conhecer 2 lugares próximos a Shiraz, para onde não há transporte público, então pensamos em combinar com um taxista o passeio. Na saída da Nasir ol Molk – a Pink Mosque – um taxista com uma cara boa veio bater papo (em inglês) e oferecer os seus serviços. Simpatizamos com o Mohsen de cara – ele não era do tipo grudento ou espertinho/malandro – e explicamos o roteiro que queríamos fazer: Qalaat, um vilarejo histórico que fica uns 15Km a noroeste de Shiraz e Mahaloo Lake (o Pink Lake), que fica pro lado oposto, a uns 25Km a sudeste de Shiraz. 
Ele nos pediu U$ 30 pra ficar conosco das 14hs às 18:30hs, nos levar nos 2 lugares (pouco mais de 80Km), esperar e nos trazer de volta ao hotel. Barganhamos e, no final, o negócio saiu por U$ 20. 
Eram recém 10hs da manhã, então combinamos nos encontrar às 14hs da Shohada Square em Shiraz e, às 14hs em ponto, lá estavam ele e seu Yellow Cab nos esperando. 
Mostramos um pouco deste passeio lá nos stories, e recomendamos demais os serviços do Mohsen, que, mais do que um mero taxista, foi nosso guia (andou conosco pra todo lado, super empolgado para nos mostrar seu país), fotógrafo (ele tirou várias fotos ótimas de nós) e amigo iraniano! 
Vou deixar o contato de WhatsApp dele aqui – Mohsen: +989383466968 👍

Mas, mesmo sendo um cara legal, não conseguimos sequer imaginar passar as semanas seguintes viajando pelo Irã com o Mohsen pendurado na gente. Afinal, era para ser uma viagem de casal – eu e o Peg estávamos comemorando 21 anos juntos! – e não uma viagem a 3 hahahaha…